21 Apr 2005

O drum n'bass que vem do Brasil


Do outro lado deste grande rio que é o Oceano Antlântico, desse sítio com grandes praias que se chama Brasil, surge um dos mais interessantes projectos musicais que tenho escutado com atenção nos últimos meses, os Kaleidoscópio. Descobri-os numa tarde daquelas em que tudo o que passa na televisão parece ser interessante, durante a telenovela Malhação. O tema chamava-se "Tem que valer".
Embora eu ache que o drum n'bass já esteja ultrapassado, é engraçado ver como os brasileiros pegaram neste género tão electrónico, perdão, electrônico, e inseriram elementos de bossa nova. A explicação é simples: o drum n'bass tem mais ou menos 160 batidas por minuto, a bossa nova tem metade, daí a facilidade da combinação dos dois géneros.
E os Kaleidóscopio, personificados por Ramilson Maia e Janaina Lima, conseguiram pegar nessa fórmula e adicionar um pouco de pop, acabando por misturar três estilos que à partida se podiam considerar tão distintos.
Para mais informações, cliquem www.kaleidoscopio.org.

20 Apr 2005

Estudar vs Trabalhar

Quando andamos a estudar, há sempre alguém que nos passa a vida a dizer "aproveita enquanto podes, bla bla bla, a vida de estudante é do melhor..."
Nunca pensei que esse alguém pudesse ter tanta razão. Estudar pode ser terrível na altura dos exames, mas nada se compara a ficar enfiado num escritório o dia inteiro, 20 dias por mês. Embora eu nem me queixe muito do trabalho que faço, não sou propriamente empregado das finanças!
Por isso, agora é a minha vez de passar a mensagem àqueles que ainda estudam: aproveitem! Porque não há nada melhor.
Trabalhar só tem uma vantagem: quando chegamos a casa, acabou! Não temos que fazer mais nada, apenas o que nos apetecer. Isto se ainda tivermos tempo, óbvio.

Zero 7 - Somersault



You're the prince to my ballerina
You feed other people's parking meters
You encourage the eating of ice cream
You would somersault in sand with me

You talk to loners, you ask how's your week
You give love to all and give love to me
You're obsessed with hiding the sticks and stones
When I feel the unknown
You feel like home, you feel like home

You put my feet back on the ground
Did you know you brought me around
You were sweet and you were sound
You saved me

You're the warmth in my summer breeze
You're the ivory to my ebony keys
You would share your last belly bean
You would somersault in sand with me

You put my feet back on the ground
Did you know you brought me around
You were sweet and you were sound
You saved me

You put my feet back on the ground
Did you know you brought me around
You were sweet and you were sound
See I had shrunk yet still you wore me around
And 'round and 'round

11 Apr 2005

25 de Abril


É um feriado. Normalmente não gosto de feriados, a não ser que tenha alguma coisa de muito interessante para fazer. É como se fosse um Domingo metido no meio da semana. Tenho pena de não ter vivido antes de 1974, com idade considerável para poder ter sentido o que é uma revolução política.
Não deve haver pior coisa do que sairmos à rua e não nos sentirmos livres. Mesmo dentro de casa, havia livros que não se podiam ler, discos que espalhavam mensagens anti-regime, etc.
A censura era algo de incrível. Nem mesmo uma marca de automóveis escapou a isso. Foi a Opel, por ter um modelo chamada Ascona.
O problema é o que está antes da revolução. Deixou grandes marcas no nosso país, que vão sendo passadas de geração e geração. De outra forma as coisas não podiam ter acontecido. Há de chegar o dia em que este dia passará a ser apenas mais um feriado, confundido com um feriado de um santo qualquer, um dia que não reabra feridas do passado. Olhemos para a frente e não para trás.
É verdade, hoje estou numa de política. Lembrei-me, de repente, que o meu país tem vida política. O que é certo é que essa já não nos afecta muito em termos sociais. A despreocupação impera neste país de brancos costumes. Perdão, brandos costumes. Já tinha aqui tema para falar sobre outras coisas.Mas vou parar por aqui.
Parabéns aos que conseguiram organizar a revolução. Ao mais típico estilo português, de uma hora para a outra.