Como é que há expressões quotidianas na língua portuguesa que são autênticos atentados ao bom senso? Uma delas, para mim, consegue mesmo atingir o topo. É uma expressão que simboliza o descanso, um dia de férias, ou um dia simples de curtição...
Estão prontos?
Essa expressão é...
Laurear
a
Pevide.
'Bora lá decompor a cena:
LAUREAR
do Lat. laureare
v. tr.,
coroar de louros;
premiar por mérito artístico ou literário;
galardoar;
homenagear;
v. int., pop.,
vadiar.
PEVIDE
do Lat. pituita
s. f., Bot.,
semente de vários frutos carnosos;
Veter.,
película mórbida, na língua de algumas aves que as impede de beber;
parte carbonizada da torcida ou pavio;
espécie de massa de farinha, com a forma de pevide de melão;
defeito da pronúncia que não deixa pronunciar o r.
Ou seja...o que nos sugere o dicionário é que esta expressão, à letra, poderia ser vadiar a semente...a semente do quê? e pevide? porquê pevide? deve ser o fruto mais seco mais deprimente que já alguma vez foi inventado. É preciso descascar aquilo quase ao milímetro ou então cuspir a caspa...disgusting! Porque não mudar esta expressão para Bronzear o Cajú? Não soa muito mais tropical?
2 comentários:
bronzear o cajú, banhar a amêndoa, desmontar a noz... enfim, td menos laurear a pevide... tá certo!
"a pevide é o fruto mais seco mais deprimente?" pevide não é o fruto, como aliás viste no ínicio.
mas a questão mantém-se: quem pega na pevide da melancia ou da uva e anda a vadiar com ela? só se andar sempre na carteira, qual "pevide da sorte"! ahah
há uma derivação desta expressão que também gosto: "realizar o laureamento da pevide". é o que vou fazer em novembro, realizar o laureamento da pevide :p
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