1 Aug 2006

Geraçao Y

Um dos meus livros preferidos de sempre é o Geração X. Douglas Coupland, através deste livro, conseguiu dar nome a uma geração. Talvez por causa de o livro estar minado de referências sobre as quais as próprias pessoas que faziam parte dessa geração numa teriam chegado a pensar ou a aperceber-se, caso não tivessem sido alertadas. A definição de Geração X não é muito precisa, no entanto, e segundo alguns sites, ainda estou incluído nela. E pessoas que têm agora 40 anos também.
Mas não é sobre isso que eu quero falar.
Sim, já sei que sou um pouco obcecado com esta coisa das gerações e das referências culturais e tudo isso, mas hoje a conversa é outra.

Geração Y. Os últimos que nasceram ainda no século passado.
Portugal. 2006.
Acabaram-se os grupos. Já não existem betos, freaks, nerds, góticos. Pelo menos naquelas quantidades relevantes. Já se tinham apercebido disso?
O resultado: o grupo mais significante da Geração Y é o próprio eu.
Em termos de marketing pessoal, a coisa é muito simples:
"Eu sou uma marca. Consome-me. Eu tenho um site no hi5, tenho um blog, mostro as minhas fotografias para quem quiser ver, sinto-me até um pouco famoso e corro o risco de ser reconhecido na rua. A minha existência virtual é quase tão importante quanto a minha existência real. Vivo para a tecnologia porque ela me faz viver. Ninguém é como eu, porque eu sou único. Ninguém é igual a mim."
Pior mesmo, na minha opinião, é que o sentimento de abandono do grupo só torna a sociedade mais fechada, mais egocêntrica, o que irá certamente afectar as relações humanas e o seu desenvolvimento.
Ok, vou parar de usar este blog como moleskin... Este é um pensamento que ainda não consegui fechar muito bem. Preciso de saber e procurar mais. Por agora é cedo...
Já agora, a definição de Geração Y existe, mas é mais virada para os norte-americanos. Só estou mesmo a tentar adaptá-la à realidade em Portugal.

2 comentários:

travis said...

Eu tenho um carro.
E

Luísa Santos said...

já pensaste escrever crónicas? muito bom :-)