Não costumo ler muitos livros. Não costumo gostar de muitos livros. Provavelmente, devia-me obrigar a ler mais, afinal, é quase como levar o nosso vocabulário ao ginásio para ele aumentar ligeiramente de volume. Ler em inglês pode ser um pequeno desafio para um não nativo, especialmente se o autor for de Manchester e se explicar de uma forma muito peculiar. Shaun Ryder. É dele que estou a falar. É vocalista de uma das bandas do movimento "Madchester", o mesmo que trouxe até nós nomes como New Order, A Certain Ratio, Joy Division ou Stone Roses.
A moda de se publicar biografias satisfaz os desejos de algumas mentes mais voyeuristas, tal como a minha. Foi talvez isso que me levou a comprar este livro — sim, até porque o tive de procurar activamente pelos meios online. Nesta história, Shaun Ryder é uma personagem enigmática. Ele pratica pequenos roubos enquanto adolescente, tem experiências do outro mundo com drogas, muitas das quais nem o próprio ainda tinha ouvido falar, e acaba mesmo por fundar uma banda sem saber uma nota de música. Brilhante.
A cadência dos acontecimentos relatados neste livro faz-me pensar que o comum mortal nunca irá ter uma vida tão interessante como a deste homem que durante anos foi apenas um corpo que emitia vozes e se movia a drogas de todos os pesos e gramagens. Hoje, é um homem casado, com filhos, e continua a dar concertos com os Happy Mondays. A música continua a soar como sempre soou, dá vontade de dançar, fazer um duck face e abanar a cabeça. O que é bom.
Este livro entrou directamente para o Top 5 dos meus livros preferidos e não deve sair de lá tão depressa. Espero que evolua para filme em breve. O que, como tudo neste livro, parece improvável de acontecer. Improvável, mas não impossível.
17 Mar 2015
Living in ecstasy. Literalmente, ou não.
Não costumo ler muitos livros. Não costumo gostar de muitos livros. Provavelmente, devia-me obrigar a ler mais, afinal, é quase como levar o nosso vocabulário ao ginásio para ele aumentar ligeiramente de volume. Ler em inglês pode ser um pequeno desafio para um não nativo, especialmente se o autor for de Manchester e se explicar de uma forma muito peculiar. Shaun Ryder. É dele que estou a falar. É vocalista de uma das bandas do movimento "Madchester", o mesmo que trouxe até nós nomes como New Order, A Certain Ratio, Joy Division ou Stone Roses.
A moda de se publicar biografias satisfaz os desejos de algumas mentes mais voyeuristas, tal como a minha. Foi talvez isso que me levou a comprar este livro — sim, até porque o tive de procurar activamente pelos meios online. Nesta história, Shaun Ryder é uma personagem enigmática. Ele pratica pequenos roubos enquanto adolescente, tem experiências do outro mundo com drogas, muitas das quais nem o próprio ainda tinha ouvido falar, e acaba mesmo por fundar uma banda sem saber uma nota de música. Brilhante.
A cadência dos acontecimentos relatados neste livro faz-me pensar que o comum mortal nunca irá ter uma vida tão interessante como a deste homem que durante anos foi apenas um corpo que emitia vozes e se movia a drogas de todos os pesos e gramagens. Hoje, é um homem casado, com filhos, e continua a dar concertos com os Happy Mondays. A música continua a soar como sempre soou, dá vontade de dançar, fazer um duck face e abanar a cabeça. O que é bom.
Este livro entrou directamente para o Top 5 dos meus livros preferidos e não deve sair de lá tão depressa. Espero que evolua para filme em breve. O que, como tudo neste livro, parece improvável de acontecer. Improvável, mas não impossível.
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