16 Jul 2006

Manhã sem fim.

Quando voas,
Pedes as minhas asas.
Esqueces-te que não aterraste
Para voltar até aqui e...
Para onde viajaste?
Não sei porque não fuji
Permaneci assim, estático
E tu,
Tu não me vias.
O Sol,
O Sol que ainda brilhava
Ofuscava-te, mas sem aquecer
E eu,
Apenas queria-te fazer saber
Que talvez numa manhã
Seria assim.

Como?

Apenas uma viagem.
Sem um começo
E sem um fim.

4 comentários:

Luísa Santos said...

"Como?

Apenas uma viagem.
Sem um começo
E sem um fim."

As viagens - acredito - sãõ pontos de partida. nem sempre há lugares ou pontos de chegada. a beleza da viagem, para mim, é que quando começamos a pensar partir já não estamos ali. E quando chegamos ao tal do outro lugar, ficamos numa espécie de turbulência desenfreada. Sem chegar, de facto. Não acho os começos nem os fins necessários. Acho q existem mas nem damos por eles. Isto não faz muito sentido, pois não? Não estou a saber explicar-me, damn.

mas no meio desta confusão de palavras, quis dizer-te que gosto de ler-te. gosto da maneira como jogas com as palavras, dando-lhes um sentido diferente do convencional ou do esperado.

beijinho :)

JOÃO said...

Concordo contigo Luísa, os fins e os princípios são sempre progressivos... Por falar em viagens, estou a precisar de fazer uma :)

Beijinhos!

Luísa Santos said...

E q tal Londres, daqui a uns curtos mesitos? :D

JOÃO said...

Acho que se fosse era para não voltar tão cedo! lol

Desde o ano passado que ando a pensar em sair de Portugal, e era coisa que eu dizia que nunca ia fazer, que ia sempre ser fiel ao país, bla bla bla. É certo que temos um país muito bonito, mas já não tem muito para oferecer.

Agora é aproveitar o Verão...ir fazendo uns trabalhos, etc etc...

Já tinhamos tido esta conversa,n foi?

Beijinhos.

Ah, mas sim, a próxima paragem é londres, sem dúvida! primeiro ainda vem um ou outro fim de semana no algarve ou na costa do alentejo ;)